O Japão é conhecido por práticas bem agressivas de revenda. Se um mangá, uma figura ou qualquer item popular, mesmo que seja uma edição limitada ou não, é lançado, os revendedores logo entram em ação. Eles compram a maioria dos itens disponíveis e os revendem na internet a preços muito acima do valor original.
Já relatamos alguns casos de revendedores aqui, como o da autora de Tejina-senpai, por exemplo. Recentemente, ela foi bastante criticada por criar um mangá “netorare” baseado em sua própria obra. Além disso, em 2021, ela sorteou volumes autografados de Tejina-Senpai para seus fãs.
Adivinhe só o que aconteceu? No dia seguinte ao sorteio, alguns dos volumes autografados pela autora já estavam à venda em sites de revenda. O caso de hoje envolve outro mangaka que também enfrentou esses revendedores, mas pelo menos ele se vingou.
Autor dispobiliza doujin de graça após Revendedores Surgirem
Haiji Nakasone é um mangaka que cria doujins e mangás adultos. Ele decidiu tomar uma atitude ousada depois de ver o que aconteceu com sua obra.
Basicamente, a situação foi a seguinte: ele lançou um novo doujin que ele e outros amigos mangakas fizeram com base em Blue Archive (sim, um doujin adulto). Para dar uma ideia, o autor original estava vendendo o doujin por 200 ienes em um evento (cerca de R$ 6,67).
No entanto, o autor descobriu que cópias de seu doujin já estavam sendo vendidas em sites de revenda, e o pior, estavam sendo vendidas por 3.000 ienes (cerca de R$ 100).
Como uma medida para prejudicar os revendedores, Nakasone decidiu disponibilizar o doujin inteiro gratuitamente em seu perfil no Pixiv. Sua ação atraiu mais atenção do que ele esperava, com seu tweet sendo visualizado mais de 3 milhões de vezes!
As reações foram positivas em relação à atitude do autor, com muitas pessoas criticando os revendedores e também aqueles que compram dos revendedores. Isso só perpetua a situação e causa dores de cabeça aos otakus em várias áreas.
Lembro-me do caso de um produto especial de Kimetsu no Yaiba. Assim como o mangá em si, quando o anime estourou e os volumes do mangá começaram a desaparecer das lojas, eles eram revendidos a preços muito mais altos online.
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